quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Sobre o nascimento da Banda de Campelos

Ao ler o livro da Festa de Campelos, deste ano de 2016, lembrei-me que julgava ter alguma informação sobre os primeiros passos da Banda, fui ao meu arquivo à procura das actas da Comissão de Jovens Católicos de Campelos, uma a que tive o prazer de presidir, que funcionou na Igreja Nova, entre 1975 e 1980.
Este grupo foi fazendo diversas actividades no salão, na biblioteca paroquial e na cave, sendo o dinheiro angariado para obras e equipamento na respectiva Igreja, antes mesmo da sua benção, que lembramos se concretizou em 19/12/1976, pelo Senhor Cardeal Patriarca D. António Ribeiro. Estamos pois no ano das comemorações do 40º Aniversário desta Igreja.
Mas voltemos à Banda, lendo as actas desse grupo de jovens,  encontrei alguns pormenores que aqui deixo:
A 21 de Dezembro de 1975 e a 1 de Janeiro de 1976 realizou-se no Salão da Igreja a apresentação de uma récita realizada pelos “miúdos” da catequese, de que resultou uma receita, de 2.180 escudos, A Comissão discutiu sobre o modo de aplicar esse dinheiro. Um cenário foi: dividir a verba em 3 partes, compra de livros; compra de jogos de sala; e compra de guias (livros) para a catequese. O outro cenário, que acabou por vingar, foi o de realizar uma reunião de pais para se discutir melhor a solução a dar ao dinheiro.1
No dia 9 de Janeiro a Comissão decidiu que só daria início à reunião, dando de seguida a palavra aos responsáveis, e aos pais das crianças que participaram na récita da festa de natal.(2)
A 25 de Janeiro de 1976 realizou-se no Salão Paroquial a reunião com os pais, para se decidir do destino a dar-se ao dinheiro relativo à festa de natal. Ficou acordado por unanimidade que se comprassem jogos infantis e livros (...) alguns pais e mães vão dar o seu apoio e colaboração, a ajudar a tomar conta das crianças aos domingos, no salão e no parque infantil.
No 2º ponto da reunião falou-se na vinda de um maestro no caso de haver adultos e crianças interessadas em aulas de música. As inscrições estão ao cargo do Sr. José Augusto (Zeca?). A acta foi assinada por Maria Natália da Terra Maciel de Magalhães Andrade, e  Isália Maria Damas Antunes.

A 20 de Fevereiro o José Augusto dos Santos pediu a demissão da Comissão de Jovens, obviando que não pode devido ao trabalho e à música, mas fica a ajudar quando poder. Esta demissão demonstra que houve inscrições e as aulas de solfejo se iniciaram durante o mês de Fevereiro de 1976.(3)

(1) Acta nº 12 de 2 de Janeiro de 1976, presentes na reunião: José Damas, Rosina Quitéria Nunes, Mateus Francisco dos Santos, Luis Lopes Neto, Francisco Domingos, António Manuel Luis, José Tomé, e Jorge Antunes.Neste mesmo dia fomos informados que estava para breve a requisição de água para a Igreja (e que as loiças dos WC iam ser colocadas só para o Engº não falar).
(2) Acta nº 13, presentes na reunião; José Damas, Carlos Henriques, José Tomé, Margarida Luís, José António Neto, Rosina Nunes, Mateus Santos, Jorge Antunes, António Manuel, José Augusto Neto, José Augusto Santos. Nesta reunião ficou combinado irmos para a oficina do Luis Domingos fazer cadeiras para o salão (a maioria das que ainda hoje lá existem).
(3) Acta nº 17, presentes na reunião: Mateus, Rosina, Guida (Margarida Luís), António Manuel, Francisco Henriques, Gena (Eugénia Neto), Ana Luzia, Amândio, e Zé Damas.

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